08/01/2009

Um forasteiro que gostou também de Alfarim


Há tempos atrás publicaram neste blog um comentário acerca do facto de, sendo eu um forasteiro, gostar tanto de Alfarim.

Tal como José Carlos Ezequiel, (fundador do Grupo Desportivo de Alfarim), nasci em Lisboa.

Doze anos depois dele, e na freguesia de S. João.

Vivo há 30 anos na freguesia do Socorro (Mouraria ), em Lisboa, onde nasceu o José Carlos.

Tal como o José Carlos Ezequiel aprendi a gostar de Alfarim.

Assim nasceu este blog.


Em Lisboa fundei uma associação que visa chamar a atenção dos responsáveis políticos e sociais para a situação em que o bairro se encontra.




Mas quem foi José Carlos Ezequiel?

José Carlos Ferreira Ezequiel nasce em Lisboa a 8 de Setembro de 1947. Natural da freguesia do Socorro, foi a capital portuguesa que o viu crescer.

Em 1976, no dia 5 de Junho, funda, juntamente com mais 11 pessoas, o Grupo Desportivo de Alfarim.

Sendo o sócio n.º12 do clube, desempenhou, durante vários anos, o cargo de presidente da Direcção, que alternou com o de presidente da Assembleia Geral.
Uma ligação que manteve durante muitos anos, tendo colaborado activamente no clube de 1976 a 1991, falhando apenas alguns mandatos.

Em 1977, por exemplo, é o responsável pela elaboração do estudo e coordenação da construção do Ringue de Alfarim e, em 1980/81, torna-se presidente da Comissão de Obras, ficando encarregue do estudo e construção do Centro Desportivo de Alfarim, com campo de futebol, pista de atletismo e campos de ténis.

No entanto, a sua ligação a Alfarim não se ficou apenas pelo plano desportivo. Sob o seu impulso, é construída também a primeira farmácia, posto médico e de enfermagem na aldeia, na década de 70.

Tornou-se deputado municipal por Sesimbra, e esteve sempre ligado a movimentos associativos deste concelho.

Conheça a vida deste grande homem:


As Festas de Alfarim - 26 de Dezembro e Procissão da Nossa Senhora da Conceição


Pela segunda vez em anos, estive em Alfarim, na Festa da Nossa Senhora da Conceição.

E gostei.

Nem sou dado a manifestações de religiosidade, mas acompanhei a procissão, as bandas a tocar, aquele povo que aos milhares encheu as ruas de Alfarim, e gostei muito.

Estive na Igreja, em silêncio a admirar os andores carregados de flores, o povo pagando promessas, acendendo velas, rezando.

Num canto o presépio, lindo, e muita gente. Forasteiros como eu, gentes de campo e mar que encheram por completo o largo central de Alfarim.

Agora renovada, a nova praça central de Alfarim parece-me maior, e mais espaçosa.

Manteve-se a fonte, e puseram-se mais árvores, e relva.

No local onde antes havia areia, há agora bom granito sobre o qual alguns pares dançaram durante algumas horas.

Depois do espectáculo a que não assisti, derivado à noite fria e à constipação que me acometia. houve um belissimo fogo de artifício, durante uns bons 20 minutos que iluminou os céus de Alfarim, como que a desejar BOM ANO para todos os que me lêem.

Esse vi da janela no quentinho da casa.






Tradição - ALFARIM EM FESTA
26 de Dezembro


Retirado do "Jornal de Sesimbra", 3 de Janeiro de 2006

"26 de Dezembro é data assinalada para as gentes de Alfarim.Esta é uma das mais antigas aldeias do concelho de Sesimbra, cujos primórdios remontam ao tempo em que os Mouros, por aqui andaram. E andaram por muito tempo.

Mas é a religiosidade e a Fé Cristã que, sempre neste dia 26, faz parar todos os alfarinheiros e muita gente deste concelho. É o dia de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira de Alfarim.

Neste dia os filhos desta laboriosa aldeia, vestem os seus melhores fatos, engalanam as suas ruas e aprimoram a Igreja para a procissão em honra da sua padroeira.

Não exageramos se dissermos que esta é a segunda grande procissão de Sesimbra, logo depois da procissão do Senhor Jesus das Chagas.
É mesmo um lindo cortejo de vários andores floridos, sendo o último o da imagem da Senhora da Conceição. Seguem uns atrás dos outros aos ombros de mulheres e homens de capas brancas. E nem mesmo o mau tempo faz esmorecer os crentes e devotos desta Senhora.
Quis Deus que durante a procissão, deste ano, não chovesse. Foi bonito de se ver, tanta gente num cortejo, sob a orientação do Pároco da Freguesia do Castelo, que começava com a fanfarra dos nossos Bombeiros Voluntários, acompanhados pelas bandas filarmónicas de Azeitão e da Sociedade Musical Sesimbrense, onde se incorporaram também as autoridades autárquicas e muito povo anónimo.

Depois seguiu-se o arraial com muita música e divertimentos populares.

Assim se cumpriu a tradição, em Alfarim, um dia depois do Natal."