02/12/2009

O Significado de ALFARIM em árabe

Segundo um historiador da presença árabe na Península, o nome ALFARIM, pode vir do termo árabe AL - Farash, que em árabe significa JUNCADO DE FLORES.

A aldeia de, ALFARIM, ainda hoje está rodeada de campo por todo o lado.

Na primavera, os campos estão juncados de flores, dando uma imagem muito bonita da zona.

Será essa a explicação do Nome ?

O nome poderá também derivar talvez do árabe AL FARIX , "corte na floresta", "desarborização".

Quiçá o mais próximo da verdade, já que esta região para lá dos campos agrícolas que a rodeiam, é por seu turno rodeada pela floresta que abrange uma extensão enorme,perceptível a quem der um passeio na zona.

Agradece-se comentário a quem souber a origem exacta do nome.

30/11/2009


Veja este blog, sem falta !!!!!!
Sabia que o QREN foi aprovado para a Lagoa de Albufeira ?
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Não !!! Então saiba tudo aqui


Alfarim nos anos trinta do século XX

Jornal “O Cezimbrense”, n.º 493 de 5.1.1936

“Alfarim é uma pequena mas interessante aldeia da freguesia do Castelo do concelho de Cesimbra, que dista, aproximadamente, oito quilómetros da vila, ficando situada ao Norte do concelho, tendo, pelo lado poente, o Oceano Atlântico, distinguindo-se do seu fundo, a Lagoa de Albufeira (...) que nos mimoseia pelo seu valor agrícola, pois possui, não só vastas ribeiras, como terrenos de regadio de abundante produção de milho, trigo, feijão.
Esta região é fértil também em pinheirais, sobreirais e hortaliças.
Sob o ponto de vista pecuário, é um importante meio de procriação, mormente em gado caprino e lanígero.
Circundam a aldeia de Alfarim as herdades da Foreira, Aiana, Ferraria e Apostiça, grandes fulcros de produção agrícola, que são um factor importante da riqueza do nosso concelho.
A população – na sua grande maioria composta de trabalhadores rurais –, que, de manhã à noite, labuta na terra mater (...) num labor contínuo, empresta à sua pobreza o pão quotidiano”.

A Festa de Alfarim
“(...) Nas (...) humildes habitações (de Alfarim), destaca-se um edifício que marca, não só pela sua alvura como pelo que ele representa para aquele povo de fé e crença: a sua Capela, denominada templo da Nossa Senhora da Conceição, mandada construir pelos seus antepassados e mantida – embora com sacrifício – pelos habitantes de Alfarim, Caixas e mais lugares circunvizinhos, que, levados pela sua religiosidade, pagam para que o pároco da freguesia ali vá, todos os Domingos e Dias Santificados, celebrar a sua missa, à qual assistem com convicta devoção.
Neste templo, celebram-se anualmente duas festas importantes: a primeira, no Dia de Todos os Santos; a segunda, nos dias 26 e 27 de Dezembro.
É pois sobre as festas do Natal, realizadas em Alfarim, que nos vamos ocupar (...) Ao entrar na ridente aldeia, já um pouco estropiado, deparei com um ‘unhaca’ que fazia parte da Comissão das Festas.

Depois de um breve cumprimento, o nosso amigo conduz-me a uma barraca, daqueles estabelecimentos edificados com quatro adelgaçadas varas de pinho e vedados com dois metros de calhamaço, e oferece-nos um dos maiores manjares e especialidades da terra: as afamadas broas de Alfarim (...)

Finda esta refeição (...) dei uma volta pelo recinto e pude observar que alguns milhares de pessoas ali permaneciam, vindas de todas as regiões circunvizinhas e, até, da sede do concelho.
Por toda a parte se viam os chamados ‘bolacheiros’, com os seus tabuleiros e as mais variadas doçarias; os quinquilheiros, com as suas ‘bugigangas’, a convidar os noivos a já os brinquedos para adornar os seus móveis...

Entramos na igreja e nesta ocasião celebrava-se a missa cantada com acompanhamento a órgão. Ao Evangelho, sobe ao púlpito o prior da freguesia do Castelo, reverendo Almeida, que fala da Natividade de Cristo, historia a sua vida, sua morte e ressurreição, deixando a numerosa assistência entusiasmada.

Finda esta primeira parte do programa, organiza-se a procissão, que percorre o trajecto habitual, seguida pela banda de Cezimbra, que execiuta uma das suas marchas.
Depois deste solene acto, os romeiros, cada um para seu lado, estendendo-se pelo vasto recinto, saboreando as suas merendas e bebendo uns copitos do rei... Baco.
À tarde, a Banda da Sociedade Musical Cesimbrense realiza um concerto, no coreto que fica junto à capela (...)

Nota curiosa: enquanto a banda toca, os campónios dançam num revoltear estonteante, ainda que seja ao som da música clássica, dando assim satisfação à alegria que lhes vai na alma, esquecendo, por momentos, todas as agruras da vida...
Apesar da banda, os componentes da festa não dispensam a gaita de foles e os respectivo tamboreiro, que, tocando algumas melodias... e o velho ‘fandango’, de ritmo animado, serve de entretenimento dos antigos foliões.

Assistimos ainda à arrematação de oferendas, bandeiras e quadros.
É outra fase da festa que marca, entre aquela gente, por que os rapazes novos cobrem lanços sobre lanços das suas ofertas, para que as ‘moças casadeiras’ apreciem quais os rapazes que têm mais coragem e até onde chega... a sua bolsa”.

04/03/2009

Fotos da Praia do Meco
e do Surf que se faz na região de Sesimbra
Cortesia do Tiago
Que as emprestou a este blog



Um desporto maravilhoso que è mais uma razão para querer vir a Sesimbra, ao Meco, e conhecer esta região.




Sesimbra




Meco


Meco

08/01/2009

Um forasteiro que gostou também de Alfarim


Há tempos atrás publicaram neste blog um comentário acerca do facto de, sendo eu um forasteiro, gostar tanto de Alfarim.

Tal como José Carlos Ezequiel, (fundador do Grupo Desportivo de Alfarim), nasci em Lisboa.

Doze anos depois dele, e na freguesia de S. João.

Vivo há 30 anos na freguesia do Socorro (Mouraria ), em Lisboa, onde nasceu o José Carlos.

Tal como o José Carlos Ezequiel aprendi a gostar de Alfarim.

Assim nasceu este blog.


Em Lisboa fundei uma associação que visa chamar a atenção dos responsáveis políticos e sociais para a situação em que o bairro se encontra.




Mas quem foi José Carlos Ezequiel?

José Carlos Ferreira Ezequiel nasce em Lisboa a 8 de Setembro de 1947. Natural da freguesia do Socorro, foi a capital portuguesa que o viu crescer.

Em 1976, no dia 5 de Junho, funda, juntamente com mais 11 pessoas, o Grupo Desportivo de Alfarim.

Sendo o sócio n.º12 do clube, desempenhou, durante vários anos, o cargo de presidente da Direcção, que alternou com o de presidente da Assembleia Geral.
Uma ligação que manteve durante muitos anos, tendo colaborado activamente no clube de 1976 a 1991, falhando apenas alguns mandatos.

Em 1977, por exemplo, é o responsável pela elaboração do estudo e coordenação da construção do Ringue de Alfarim e, em 1980/81, torna-se presidente da Comissão de Obras, ficando encarregue do estudo e construção do Centro Desportivo de Alfarim, com campo de futebol, pista de atletismo e campos de ténis.

No entanto, a sua ligação a Alfarim não se ficou apenas pelo plano desportivo. Sob o seu impulso, é construída também a primeira farmácia, posto médico e de enfermagem na aldeia, na década de 70.

Tornou-se deputado municipal por Sesimbra, e esteve sempre ligado a movimentos associativos deste concelho.

Conheça a vida deste grande homem:


As Festas de Alfarim - 26 de Dezembro e Procissão da Nossa Senhora da Conceição


Pela segunda vez em anos, estive em Alfarim, na Festa da Nossa Senhora da Conceição.

E gostei.

Nem sou dado a manifestações de religiosidade, mas acompanhei a procissão, as bandas a tocar, aquele povo que aos milhares encheu as ruas de Alfarim, e gostei muito.

Estive na Igreja, em silêncio a admirar os andores carregados de flores, o povo pagando promessas, acendendo velas, rezando.

Num canto o presépio, lindo, e muita gente. Forasteiros como eu, gentes de campo e mar que encheram por completo o largo central de Alfarim.

Agora renovada, a nova praça central de Alfarim parece-me maior, e mais espaçosa.

Manteve-se a fonte, e puseram-se mais árvores, e relva.

No local onde antes havia areia, há agora bom granito sobre o qual alguns pares dançaram durante algumas horas.

Depois do espectáculo a que não assisti, derivado à noite fria e à constipação que me acometia. houve um belissimo fogo de artifício, durante uns bons 20 minutos que iluminou os céus de Alfarim, como que a desejar BOM ANO para todos os que me lêem.

Esse vi da janela no quentinho da casa.






Tradição - ALFARIM EM FESTA
26 de Dezembro


Retirado do "Jornal de Sesimbra", 3 de Janeiro de 2006

"26 de Dezembro é data assinalada para as gentes de Alfarim.Esta é uma das mais antigas aldeias do concelho de Sesimbra, cujos primórdios remontam ao tempo em que os Mouros, por aqui andaram. E andaram por muito tempo.

Mas é a religiosidade e a Fé Cristã que, sempre neste dia 26, faz parar todos os alfarinheiros e muita gente deste concelho. É o dia de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira de Alfarim.

Neste dia os filhos desta laboriosa aldeia, vestem os seus melhores fatos, engalanam as suas ruas e aprimoram a Igreja para a procissão em honra da sua padroeira.

Não exageramos se dissermos que esta é a segunda grande procissão de Sesimbra, logo depois da procissão do Senhor Jesus das Chagas.
É mesmo um lindo cortejo de vários andores floridos, sendo o último o da imagem da Senhora da Conceição. Seguem uns atrás dos outros aos ombros de mulheres e homens de capas brancas. E nem mesmo o mau tempo faz esmorecer os crentes e devotos desta Senhora.
Quis Deus que durante a procissão, deste ano, não chovesse. Foi bonito de se ver, tanta gente num cortejo, sob a orientação do Pároco da Freguesia do Castelo, que começava com a fanfarra dos nossos Bombeiros Voluntários, acompanhados pelas bandas filarmónicas de Azeitão e da Sociedade Musical Sesimbrense, onde se incorporaram também as autoridades autárquicas e muito povo anónimo.

Depois seguiu-se o arraial com muita música e divertimentos populares.

Assim se cumpriu a tradição, em Alfarim, um dia depois do Natal."